terça-feira, 14 de outubro de 2008

Lula é meu


Candidatos que disputam o 2º turno em Salvador esquecem propostas e disputam um lugar no coração do presidente, que já tem dono


O 2º turno da disputa pelo Palácio Tomé de Souza, sede da prefeitura de Salvador, é marcado por um embate entre dois candidatos da base aliada do presidente Lula, que no Nordeste conta com índice de aprovação estratosférico, 92%. O atual prefeito da cidade, João Henrique (preferido por 31% do eleitorado), do PMDB do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), enfrenta, no sentido mais literal da palavra, o petista e deputado federal Valter Pinheiro (detentor de 30% dos votos válidos), que conta com o apoio do governador Jaques Wagner.
Desde o 1º turno, os dois ensaiam uma disputa que, se não for patética, é improdutiva e desprezível para o eleitor interessado em propostas e em um programa de governo sério. João e Pinheiro brigam, como dois garotos pré-adolescentes, para provar ao eleitorado quem é mais amigo do presidente Lula. Ambos fazem questão de gastar valiosos minutos do horário eleitoral, que longe de ser gratuito, é pago pelo contribuinte, com declarações de amor e carinho para o presidente, estampam fotos onde posam ao seu lado e trocam farpas do tipo: ‘fiquei amigo dele primeiro, você não pode ser amigo dele’, esperneia Pinheiro - com aparente ressentimento - e ‘o que importa é que, agora, ele gosta mais de mim e me dá mais atenção’, retruca João, inseguro de suas afirmações, mas impelido a faze-las pelo todo-poderoso ministro Geddel, convicto de que o presidente nunca o desmentiria e nem subiria no palanque de Pinheiro, sob pena de implodir a fundamental aliança firmada entre o PT e o PMDB em esfera nacional.
Mesmo balaio - Fora esta divergência, que na verdade é originada por um interesse em comum, poucas são as diferenças programáticas dos dois. Aliás, este é um problema crônico em todo o País. Todos parecem oriundos da mesma escola, possuem discursos homogêneos, que podem parecer divergentes no varejo, mas acabam por se confundir no atacado. Se vendem como excelentes gestores, que se preciso for colocarão a mão na massa para construir creches, hospitais, escolas, metrô e tudo mais que você imaginar que possa atrair votos.
Outro aspecto semelhante em suas falácias, me permitam denominá-las assim, é que todos concordam que é impossível realizar tudo o que querem em “apenas” quatro anos, como prevê a legislação. Querem oito anos e, caso não sejam reeleitos, não querem ser responsabilizados pelo eleitor pelo desempenho abaixo do esperado. Cabe a nós, meros votantes, espectadores do circo político, apenas o DEVER de reelegê-los, a fim de que possam concluir seus programas de governo cinicamente vinculados a cronogramas que, coincidentemente, só cabem em exatos dois mandatos consecutivos.

O que se vê em todo o Brasil, e particularmente em Salvador, são discursos meramente publicitários. Nas mãos e nas cabeças hiper criativas dos marqueteiros, candidaturas são transformadas em mercadorias e discursos em histórias tão fantasiosas quanto os contos da carochinha. Ilusões (é só pegar o programa de governo da maioria dos candidatos de 2004 e observar se tudo o que foi prometido foi cumprido para constatar que boa parte do que está ali é enrolação pura) que são vendidas a eleitores-consumidores pouco exigentes, que parecem querer ouvir somente as melhores ofertas – propostas – e são seduzidos pelo produto mais atraente – a embalagem. O resultado deste joguinho são falas genéricas e evasivas, até porque, deste modo, fica mais fácil esquivar-se de cobranças posteriores.
Além de todo este contexto político, outra explicação possível para a semelhança nos discursos de João e Pinheiro é a participação do PT na gestão de João Henrique. A ‘companheirada’ de Pinheiro ocupou, por 40 meses, cargos importantes e assumiu secretarias como a da saúde. Faz apenas sete meses que o partido entregou os cargos que possuía e instantaneamente se autobatizou oposição, como se mudar de lado no cenário político fosse tão simples e fácil quanto ser censurado em Cuba ou acusado de terrorismo nos EUA. O peemedebista acusa o PT, obvia e acertadamente, de traição por causa deste episódio. Os petistas preferem mudar de assunto e juram de pés juntos que romperam a cinco meses da eleição não por mera conveniência política, mas sim pela “acentuação das divergências políticas”. Situação, no mínimo, embaraçosa, que desbota ainda mais o vermelho da estrela símbolo das lutas do PT.
Por outro lado, os petistas acusam João de usar a máquina pública para favorecer sua candidatura, transformando a cidade em um canteiro de obras somente neste último ano de gestão. O que, inegavelmente, é uma verdade. Banho de asfalto, de luz, construção de praças, ampliação do efetivo da guarda municipal entre outros projetos, só foram iniciados a poucos meses das eleições. O prefeito-candidato se justifica dizendo para o eleitor acometido por uma síndrome de ingenuidade que encontrou a prefeitura “endividada e sem condições de fazer investimentos”. Tá, e eu perdi o ‘era uma vez’ da história...
Enquetes - Discussões desta natureza à parte, o que une harmoniosamente os dois candidatos são as críticas aos institutos de pesquisa, principalmente ao Ibope, que protagonizaram um dos vexames das eleições de Salvador (o outro vexame você verá mais adiante). Nem o DataFolha, nem o Ibope sinalizou, claramente, a possibilidade de 2º turno entre Valter Pinheiro e João Henrique, confronto que veio a se concretizar. Dois dias antes do pleito, e depois de ter seus números questionados durante toda a campanha eleitoral, o Ibope pareceu ter jogado as toalhas e apontou empate cravado entre três candidatos (26% para cada). O DataFolha dava a liderança isolada para João, com 31%, que era seguido por ACM Neto (27%) e Pinheiro (24%). Até o fechamento deste texto (01h00 do dia 15/10/2008), nenhum instituto havia se arriscado a divulgar qualquer pesquisa de intenção de voto para o 2º turno.
A imagem do Ibope já estava deteriorada na Bahia desde 2006, quando pesquisas colocavam a vitória no colo do candidato Paulo Souto (na ocasião PFL) ainda no 1º turno das eleições para governador. O resultado das urnas divergiu completamente dos dados levantados. Souto perdeu ainda no 1º turno para o petista Jaques Wagner. Caso queiram divulgar novas pesquisas, os institutos teriam que, ao menos, elaborar uma margem de erro para a margem de erro ou fazer a ressalva de que seus levantamentos não passam de enquetes meramente ilustrativas, sem valor estatístico.
Recado das urnas - Como já foi dito, este não foi o único ‘mico’ das eleições soteropolitanas. A derrota do candidato do DEM, ACM Neto, lançou pesadas camadas de dúvida sobre a crença no ressuscitamento do ‘carlismo’. A capital, até pouco tempo conhecida como reduto do DEM, antigo PFL, pela terceira vez consecutiva diz um sonoro ‘não’, através das urnas, ao movimento político fundado pelo senador Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007. O carlismo, que sempre rondou o DEM baiano, já chegou a controlar a maioria das cadeiras nas câmaras municipais, importantes prefeituras, inclusive a da capital, o governo e as três vagas do estado no senado ao mesmo tempo. Hoje, comemora a vitória em algumas prefeituras do interior baiano, e já se dão por satisfeitos.
Desde 2004, o eleitorado baiano, sobretudo o soteropolitano, vêm rejeitando as candidaturas de políticos ligados a esta corrente político-ideológica. Nas eleições daquele ano, para prefeito, o democrata César Borges, perdeu no 2º turno para o então pedetista João Henrique, que era apoiado pelos partidos ditos de esquerda como PT e PC do B. O placar foi vexatório: 75% a 25%. Em 2006, uma nova derrota histórica. Desta vez, a vítima foi o ex-governador Paulo Souto. Agora, um legítimo ‘Magalhães’, o neto de ACM, sentiu o gosto amargo da derrota. Esta é a primeira vez que um candidato carlista deixa a disputa pela prefeitura ainda no 1º turno.
Situações como esta sinalizam que a política baiana passa por profundas e definitivas transformações, resta aos seus atores acompanhar o processo e promover mudanças em seus modos de atuação.
O recado das urnas foi dado de maneira clara, mas parece não ter sido muito bem assimilado. Mal vemos o fim, ou pelo menos o enfraquecimento, de um movimento liderado por um cacique, acompanhamos o surgimento gradual de outro, que segue o mesmo caminho do anterior. Uma corrente configurada em torno de um personagem central que pretende galgar cargos cada vez maiores e ocupar as diversas esferas do poder, sempre sob o pretexto de querer fazer mais pelo que os políticos chamam de povo. Nestas eleições, Geddel Vieira Lima, que recebeu o apoio de ACM Neto neste 2º turno, se mostrou um exímio discípulo de ACM, o avô.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Agenda das candidatas [à puta]


Legenda: Mulher desgraça


Como forma de homenagear todas as mulheres frutas que serão citadas nesse texto, escolhemos representá-las com este excesso de fartura mostrado na foto. Não vale reclamar.



Como falamos na mulher jaca aí embaixo, decidimos não ser "parciais" e vamos dar espaço às outras frutas também. Confira a agenda delas hoje!


A mulher melão foi à praia da Barra da Tijuca. Foi relaxar, afinal ninguém é de ferro. Ainda mais ela que tem um trabalho tão duro e uma rotina tão rígida.


A mulher moranguinho foi dançar com fãs, dizem que ela tem fãs, nas ruas do Rio. O ato de dançar e o de acasalar aqui são separados por uma linha tênue, mais tênue que o plástico da camisinha.


A mulher maçã também foi à praia, a do Leme. Criativa e original, ela foi flagrada comendo maçã enquanto tomava sol.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Jaca pára trânsito de São Paulo


A Mulher Jaca, Daiane Cristina, vai parar o trânsito de São Paulo. Literalmente! A gatona vai ficar peladona nas ruas de Sampa para o seu ensaio nu na Sexy Especial, em outubro. Mas tem apenas um detalhe: a gatona se diz tímida para tirar a roupa. Como assim, Dadá? Quem poderia imaginar que a gatona que faz a velocidade 5 da Dança do Créu é acanhada? Para conseguir fazer as fotos ela disse que que vai se inspirar na cantora Beyoncé e fazer carões. Para ficar lindona nas fotos, Daiane se submteu a tratamentos estéticos, diariamente, por três semanas. Mas ela diz que fez isso mais por precaução e que acha que quase não será usado o tal photoshop (o adorado amigo das celebridades) em suas fotos. Jura? Poderosa!



Tá, vamos por partes. Primeiro, deixa a mulher como fruta mesmo, essa coisa de gatona... Se é pra promovê-la a animal que seja para galinha então. Me parece mais apropriado. Ela diz ficar tímida ao tirar a roupa, mas alguma vez vocês já a viram vestida?! Tudo bem, você nem nunca tinha ouvido falar nela, mas supõe-se que seu "trabalho" não exija roupas, afinal ela tem que mostrar a jaca que há dentro dela. E essa história de que vai se inspirar em Beyoncé... Beyoncé depois de uma diarréia, né?! O photoshop, bem, o photoshop... Me engana que eu gosto. Nessa foto aí mesmo ela está toda photoshupada, duvida?!

Meia boca


Estive no Rio de Janeiro há dois meses e fiquei impressionado com o número de leitores de jornais. Nos ônibus, no metrô, em praças, em qualquer lugar você encontra muita gente lendo jornal. Mas o que era para ser comemorado, não é tão bom assim. O fenômeno do jornalismo carioca se chama 'Meia Hora', um periódico que custa R$0,50 e conta apenas com as seções de 'poliça', celebridades e esportes. As manchetes são das mais curiosas. Na edição de hoje: Safada que filmou cena de sexo com irmãozinho é enjaulada'. No dia 02 de agosto: Furaram o Furica - referência ao esfaqueamento de um traficante cujo apelido era Furica. Os títulos nada convencionais já ganharam até comunidade no Orkut.



Nas capas, as manchetes sanguinolentas dividem espaço com mulheres semi nuas, quase sempre são as mulheres frutas, hoje uma exceção: a mulher filé! O layout nos faz lembrar as capas da revista 'Sexy'. Neste mês de setembro, o 'Meia Hora' vem sendo o segundo jornal mais vendido do Rio, perdendo apenas para o tradicional 'O Globo'. O jornal pertence ao grupo 'O Dia', que também publica um impresso, com este mesmo nome, na capital carioca.



O sucesso é tanto que agora fomos premiados com 'meia hora on line'. Um show de piadas prontas.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O debate da Aratu foi palco para troca de farpas e gargalhadas dos candidatos. O eleitor chora!


O debate promovido no último domingo (21) pela TV Aratu (SBT) foi, sem dúvida, um dos melhores que já vi. Se bem que depois dos dois últimos modorrentos debates realizados pela Band Bahia, qualquer coisa sem a participação do Arnaldo Ferreira (mediador da Band), seria um avanço e tanto. A Band tem tradição em debates e seu jornalismo é reconhecido pela credibilidade. Admiro o jornalismo praticado por eles, muito irreverente e dinâmico, vide Boechat no Jornal da Band. No entanto, em debates a emissora peca pelo excesso de plasticidade e formalidade.


Mas retomando o assunto principal deste post, que é o debate da Aratu, confesso que me surpreendi com a estrutura montada, transmissão sem grandes falhas técnicas e sem mancadas do mediador, o jornalista Casemiro Neto, que desde que chegou na TV do galinho incentiva importantes mudanças na emissora. Escorregões em debates costumam custar caro ao jornalismo dos veículos de comunicação. Fora isso, foi nítida a preocupação dos diretores em fazer do debate algo dinâmico, ágil, e que justificasse o nome 'debate', confronto de idéias, discussão, claro que sadia. Foram quase 3 horas no ar e em nenhum momento o clima esfriou entre os candidatos. Neste aspecto, ganha o eleitor, que pôde acompanhar o desempenho deles sob forte pressão emocional. Desarmados, devido à certa imprevisibilidade dos temas que seriam abordados e das formas como seriam abordados, os prefeituráveis tiveram o espaço para mise-en-scène reduzido, aliás os debates, de uma maneira geral, caracterizam-se por expor facetas forçosamente escondidas pelos candidatos e, sobretudo por seus marqueteiros.


Talvez pela proximidade do pleito e dos resultados das últimas pesquisas divulgadas, todos estavam dispostos a jogar suas últimas fichas, arriscar. Imbassahy pareceu o mais desesperado, partiu para cima de João Henrique e ACM Neto. Acertou quando, incisivamente, perguntou a ACMzinho quais os projetos que ele tinha elaborado em seus 6 anos de atuação parlamentar. O democrata enrolou, enrolou e nada, não citou nem umzinho. Interessante! Líder nas pesquisas, ACM evitou fazer ataques duros, gozando da cômoda posição assegurada pelas pesquisas. Claro que vale lembrar que Paulo Souto também gozava de posição privilegiada nas pesquisas e quase enfartou quando foi surpreendido por uma derrota significativa ainda no 1º turno. ACMzinho fez jus ao tom de sua campanha: parecia um menino. Ria para não parar mais dos outros candidatos, se divertiu bastante.
João Henrique parecia que estava dopado. Roboticamente, articulava frases bem encadeadas até demais, pareciam ter sido exaustivamente decoradas. Até mesmo a piscada de olho parecia ensaiada. Quando fixava o olhar na lente das câmeras provocava pânico nos telespectadores, parecia nos encarar raivosamente, como se quisesse comer nossos votos com os olhos. Acho que sua lente de contato estava incomodando. Só pode! Iniciou o debate agradecendo a Deus pelo ar que respirava e terminou agradecendo pelo ar que ia respirar amanhã. Quase saiu dos estúdios voando rumo ao colo do Pai. João arrancou muitas gargalhadas ao se defender de acusações de que teria exibido uma propaganda mentirosa, na qual uma mulher aparecia na janela do que seria sua casa, supostamente, construída pela prefeitura. Na verdade, a mulher estava na janela de uma creche do bairro onde mora. João Henrique "justificou": Nós mostramos a felicidade futura desta mulher, que vai ter sua casa construída. Piada prontíssima, saída do forno. Se começarmos a ficar felizes com promessas, vamos fazer um carnaval antecipado durante as eleições.


Em matéria de sorriso plástico e amarelo, Pinheiro foi, disparado, primeiro colocado. Ao terminar qualquer colocação, mesmo que fosse séria, o petista se esforçava para concluir com uma risadinha que queria comunicar: sou simpático, vocês estão vendo?! Vejam! Forçado demais! Ele foi quem mais se esquivou das polêmicas, o que, ao meu ver, é negativo, pois demonstra sua apatia. Aliás, este é um traço que não suporto no candidato do PT, ele é muito sossegado, parece sempre estar em outro lugar, outro plano, talvez relembrando os tempos em que comandava greves sindicais ao lado de Lula e Wagner... Por sinal, por falar em simpatia, adoraria que o PT lançasse Fátima Mendonça, primeira-dama do Estado, candidata, não agora porque não é possível, mas nas próximas eleições, pegando a onda Kirchner, seria uma boa pedida. Voltando a Pinheiro, ele parecia ter aprendido uma palavra nova: modal. Ele e João Nenrique repetiram o termo umas 10 vezes para falar sobre as diversas possibilidades de "modais' para o trasporte público da capital.


Imbassahy protagonizou, involuntariamente, o momento mais 'quente' do debate. Provocado pelo radialista Mário Kertesz, o peessedebista se viu obrigado a subir o tom e perder o rebolado. Os dois alimentam desavenças nos últimos meses. Uns dizem que tudo começou quando a esposa de Imbassahy se recusou a dar entrevista pra Mário, outros afirmam, maliciosamente, que o radialista recebeu um 'troco' do atual prefeito-candidato, para que, não só parasse de fazer críticas à sua gestão, como iniciasse uma cruzada ininterrupta contra o tucano. Na minha singela opinião, o candidato foi desrespeitado e foi prejudicado no debate, pois além de enfrentar os quatro adversários que concorrem à vaga de prefeito, teve de se confrontar com alguém que lá estava para ser imparcial. O convite a Mário Kertesz foi a bola fora da organização. Não por ser Mário Kertesz, mas por ele estar envolvido em uma confusão com um dos postulantes.

Por fim, o socialista Hilton Coelho, rebatizado de 'Rilton' pelo apadrinhado de Geddel. O candidato arrancou risos e aplausos da platéia presente, composta por assessores e representantes da população. Hilton se mostra mais confiante e é mais incisivo nas suas críticas. Vem se mostrando como a pedra no sapato dos demais candidatos ao abordar temas propositalmente ignorados pelos adversários, como PDDU, alianças políticas, financiamento privado de campanha, etc. Mesmo sem condições políticas e financeiras de vencer as eleições, sua presença no processo eleitoral é fundamental para suscitar e pôr em evidência temas preteridos por conveniências políticas e eleitoreiras. O discurso de Hilton é extremanente ideologizado, mas não vejo nisso problema maior que os interesses empresariais, explicitados e materializados sob a forma de financiamento de campanhas, que envolvem os discursos dos demais candidatos.


Pensei em fazer um texto mais engraçadinho e leve sobre este debate. Não saiu muito engraçadinho e também não foi tão informativo quanto uma coluna de Samuel Celestino, mas é isso.

Paula Magalhães em: Meu primeiro 'furo'


Paula Magalhães, neta do eterno todo-poderoso ACM, está com tudo no Correio *, que, como todos sabem, pertence aos Magalhães. Recém formada em jornalismo pela Faculdade da Cidade, a irmã da faço-tudo-para-ser-artista Carol Magalhães acumula as funções de repórter e colunista da versão impressa, blogueira do site do jornal e repórter do "Mosaico Baiano" da TV Bahia (nada como nascer na família certa). Ela escreve sobre moda e tudo que for ligado ao luxo e ao glamour, assuntos com os quais lida desde muito novinha, tendo bastante experiência e propriedade para comentá-los.No dia 13 de setembro, Paula deu o que, provavelmente, foi seu primeiro furo (jargão jornalístico para informações publicadas em um veículo antes de todos os demais). Bastante entusiasmada com a notícia, a colunista não poupou exclamações ao anunciar a vinda de sua irmã para a Semana Iguatemi de Moda (SIM): "Carol Magalhães e Lacoste! Já está confirmado turma! Carolina Magalhães vem para a Semana Iguatemi de Moda. E avisa: 'Desfilar para o jacaré vale super a pena' **". (Confira o blog. A notícia é do dia 13 de setembro). Vocês já pensaram o que seria a SIM sem esta mulher?! E para a colega Paulinha, uma dica: toda vez que for citar alguém não muito conhecido pelo público, explique de quem se trata. Os leitores mais "desinformados", com certeza, ficaram se perguntando quem seria essa tal "Carolina Magalhães".

*O asterisco aqui não tem como objetivo preservar a marca usada pelo jornal, tem, tão somente, a função de asterisco: sinaliza que existe uma nota de rodapé no texto, no caso esta nota de rodapé, que existe somente para falar sobre a inutilidade desse asterisco na marca do Correio, a qual, esteticamente, não acrescenta nada.



**Referência à logomarca da 'Lacoste', fabricante de roupas, acessórios e outras coisas.

domingo, 21 de setembro de 2008

Notícias do domingo




Neste domingão, o G1 destaca o sucesso que os pênis de jumento estão fazendo na China - o pênis é grande - e a premiação do turista da cidade de Saugatuck, localizada a 2km da divisa com o fim do mundo, por ter limpado o banheiro público da cidade - veja aí.




O Terra traz com exclusividade: Dennis Carvalho e Deborah Evelyn jantam no Leblon. Detalhe: além de não terem tanto apelo popular assim, eles são casados há 20 anos. Ainda estou procurando saber por que o Terra considerou isso extraordinário. Para conferir a cobertura completa do jantar dos dois você clica aí: o jantar do ano.




O Ego dá continuidade ao seu jogo da balança, no qual "desafia" o público com a pergunta: Quanto você acha que pesa Deborah Secco? 45kg? 50kg? 62Kg? Dê o seu palpite e contribua para o combate ao desmatamento da Amazônia - http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL766633-9798,00-QUANTO+PESA+CAROLINA+DIECKMANN+E+DEBORAH+SECCO+DE+O+SEU+PALPITE.html. Se você não gostou da brincadeira, lá mesmo você pode conferir as últimas informações sobre a caminhada que Fernanda Torres fez hoje na Lagoa Rodrigo de Freitas (http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL768194-9798,00-FERNANDA+TORRES+CORRE+MESMO+COM+MAU+TEMPO+NO+RIO.html). Queremos, inclusive, parabenizar a equipe por conseguir algo tão raro: encontrar um famoso pelo Rio de Janeiro. A manchete é a seguinte: Atriz foi fotografada correndo à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas. Nossa!




Estas foram as notícias do domingo. Caso um ex-BBB lance um livro, Ivete Sangalo solte um pum ou Dennis Carvalho e Deborah Evelyn tornem a jantar em algum restaurante, voltaremos com um plantão extraordinário.

sábado, 20 de setembro de 2008

Odonto XyXtem







Quem está estrelando a nova campanha da Odonto System - empresa que oferece serviços de saúde bucal?! Errou quem pensou que fosse a Suzana Vieira, que já possui larga experiência na área por já ter feito propaganda para adesivo de dentadura. Ninguém menos que o Russo, o assistente de palco da Globo, protagoniza o comercial e dá dicas de como cuidar dos dentes. O detalhe: o coitado não possui nem um resto de canino na boca e fala cuspindo e tudo... O dente siso - o dente do juízo - então... Foi embora faz tempo! O link para o vídeo está aí: http://br.youtube.com/watch?v=aYIncmPUozU .

Me negarás três vezes!


Esse vídeo http://br.youtube.com/watch?v=nlQZCgGBB7s&feature=related é de uma entrevista concedida pelo bispo Márcio Marinho ao programa Se Liga Bocão, da Record Bahia. Nele, Marinho desmente os rumores que surgiram na cidade da então provável aliança entre ele e o neto de Toninho. Àquela altura, a candidatura do radialista Raimundo Varela capengava, mas ainda estava de pé, e o bispo, ligado à igreja Universal, que estava por trás da candidatura Varela, o apoiava. O bispo só não esperava que o "destino", tão cruel e implacável por vezes, lhe pregaria uma peça dessas. Hoje, por obra do divino e$$$pirito $$$$anto, Marinho é mesmo vice de ACMzinho. Como se diz na Bahia: se lascou!


Câmara de Salvador repara injustiça




legenda da foto: vereador Bomba agradece a compreensão


Se você acompanha a cena política nacional, com certeza, assustou-se com a manchete. Câmara, lugar onde tem político, reparando injustiça?! Sim, caro leitor. É verdade! Na quarta, numa sessão ORDINÁRIA, nossos parlamentares aumentaram o salário de um verador para R$9.200, um reajuste de 29% sobre os atuais R$7.100. O item salário onera hoje o orçamento da Câmara em R$293,3 mil/mês. Com o reajuste esse valor passa para R$379,25 mil mensais. De acordo com o presidente da Casa, Valdenor Cardoso (PTC), a medida foi absolutamente justa, pois o salário de um vereador de Salvador era um dos mais baixos do Brasil, sendo que Salvador é a terceira metrópole do país. Já pensou se a Câmara resolve reparar todas as injustiças que existem na cidade? Ainda mais seguindo esta lógica de que, como somos a terceira maior cidade do país, temos que ter o terceiro salário de vereador mais alto! Dentro desta perspectiva, vai uma sugestão: Vamos fazer repasses de dinheiro à população a fim de aumentar a média de renda dos soteropolitanos, que é uma das mais baixas do país, o que, na visão do nosso glorioso Valdenor, é inadmissível, sendo Salvador a terceira maior cidade do Brasil. Vereador, agora queremos ser terceiros em tudo, ok?! Terceiro em educação, em renda, em emprego, que tal?!


A mamata tá boooouuuaaaa

Dos 41 vereadores, que aprovaram ontem este reajuste, 40 tentam a reeleição. Além do salário, eles recebem verba indenizatória de R$7 mil e verba de gabinete, no valor de R$22.500 mil. Ê vida mais ou menos...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

É de verdade?



O Governo da Bahia divulgou hoje fotos dos vagões que irão compor o metrô de Salvador. Eles saíram hoje (19) da Coréia do Sul e só vão chegar por aqui daqui a 45 dias, atentem para a margem de erro de até 15 dias, só para mais, não há possibilidade de ser para menos... Segundo o Governo, custaram R$ 92 milhões. Cada trem tem capacidade para 1.250 passageiros. Se essa capacidade máxima for respeitada assim como é a dos "buzus", espere 2000 mil pessoas penduradas naqueles elevados da Bonocô, algumas até despencando. A composição possui ar condicionado e isolamento acústico, mas só que a zuada do batuque dos meninos do Central vem de dentro mesmo, o isolamento acústico não vai funcionar muito...



O brinquedo de Joãozinho



Olhem as fotos dos vagões. Agora olhem para a locomotiva que você deu de presente pro seu filho ou pro seu irmão mais novo. São a mesma coisa. Pelas fotos, os vagões parecem de brinquedo. Embaladinhos e tudo! Ai, ai. Isso me parece coisa de Maria Del Carmen e Geddel.

É de verdade?

Artistas conscientes




Várias celebridades e sub-celebridades estão participando de um movimento que promete mudar os rumos tortuosos pelos quais se perde o Brasil e implementar um novo modo de enxergar o mundo. Samara Filippo, Fernanda Souza, Karen Junqueira (???) e outras decidiram levantar a bandeira: Eu tenho celulite! Esta é, sem dúvida, uma demonstração do grau de politização das nossas artistas, que buscam, desta maneira, levar informação a milhões de mulheres em todo o País que passam por este drama e não sabem como combater esse mal. Parabéns a todas que estão engajadas na campanha, como Dani Valente (joga no google), que diz: "a celulite é democrática e feminina". Ou seja, se você não as tem, lute por uma, você consegue, você é capaz! Qualquer coisa pega emprestado com a Preta Gil.

Cadê as ditas cujas?
O curioso é que na campanha em que se propõe "descriminalizar" as celulites, não é possível ver umazinha delas nas fotos das atrizes-modelos-e-o-que-vier-eu-topo que a estrelam. Na falta de fotos que comprovem as celulites das famosas nesta campanha, estampamos uma aí em cima, da modelo Daniela Sarahyba. Dani, suas celulites são lindas! Até a Preta ficou "chocada" com a boa forma.

Páreo duro




























Quando você pensa que a revista "Caras" atingiu o ápice ao levar para um castelo em Paris ou para uma praia paradisíaca celebridades instantâneas - onde elas contam tudo sobre suas interessantérrimas vidas -, surge algo pior. A revista preparou duas capas para esta semana. Por que? Porque dois fatos relevantes ocorreram nos últimos dias. A queda das bolsas de valores em todo o mundo? A crise na Bolívia? Não, no mundo da "Caras" não existem estas coisas. Há somente festas de aniversário de cãezinhos de socialites, lançamentos de livros de auto-ajuda, inauguração de coberturas no Itaim Bibi e... casamentos, como o de Juliana Paes, atriz global, e o de Sandy, a irmã do Júnior, que, por sua vez, é conhecido como o irmão da Sandy. Diante destes dois movimentados eventos, a revista decidiu premiar seus leitores com duas opções de capa - uma com a "boa" Juliana e a outra com a pura e recatada Sandy. Gostaria muito que a revista divulgasse depois o perfil de leitor que optou pela capa de Sandy, sempre com aquela cara de nada olhando pro nada.
Qui cô C foi fazer no mato?

Zé Simão deu um verdadeiro "furo" na segunda-feira (15) na Band News FM: a filha de "Chitãozinho-e-Xororó" não é mais virgem! Ela agora pode contar às amigas o que foi fazer no mato, na cama, na cozinha... É, dizem que quem muito segura, quando solta...

*as fotos de "Sandy" e da capa da Caras são meramente ilustrativas, a de Paes é meramente apelativa